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Túmulo da Voz

Tenho ancestrais

no mundo dos mundos

Todos correm fáceis

para onde o pedido ajuda


Tenho em mim

mais que todas as eternidades

Tenho em mim a soma

de nenhum polo


Positivo e negativo

são fichas de crianças

Perto de uma outra Árvore

espiralada


Ela se retorce com calma

e volta

Sempre volta...

Porque no encontro

sem tempo

o fim do mistério urge


Portas e mais portas

nem sempre batidas

Correspondem à dança

do pequeno infinito


Três vasilhames têm

o outro vinho sem sangue

Nele correm menos cores

e os sentidos se despedaçam


Afinal, digamos com alguma

propriedade que o infinito se esqueceu

E alguma frágil luz respirou

as águas em vertigem


E assim os poços fundamentais

de gemas calmas sem deserto

Onde viajam gaivotas sinceras

pedindo só o vento como apoio


E anjos quase se atrasaram

para a última festa desperta

Pulando naturezas escondidas

de uma perfeição pulsante


Somente os vasos escondendo

os poros de outra eternidade

Que vasculha meus bolsos

e só encontra trechos de enigmas


Porque quem anda com o mistério

alimenta a Vida muita antes de nascer

Ou morrendo de morrer antes

da morte há infinitos nadas compartilhados


E mesmo assim nadamos

como dragões espontâneos

Cuidando dos detalhes impossíveis

para perdoar no tamanha do infinito


Pois é isso um dragão

com extrema sabedoria

Voando por todos que

os chamam como anjos...

 
 
 

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