Amém a mim
- poetadohorizonte
- 11 de abr.
- 2 min de leitura

Que teu empenho de Sol
não aguarde Horizonte algum
Afinal o Todo nem quer mais
a Luz que expulsa o Vento
Tudo é simples
quando há Olho
Mas que o cuidado
seja maior que o Rio
Há sempre Som
e descontos fáceis
Mas que serão cobrados
como a Mão de revoada
Ondas e ondas e ondas
como trindades inventadas
Para uma pureza
que só a sílaba canta
Há muito e muito
mas o dizer perdoa esquecendo
Não o que foi
porque nada vai
E é exatamente aí
que os turbantes enrolam
Os esconderijos
da última caverna de Sangue
Teu vinho perfeito
aos Olhos do Céu
Assim dirá quem puder
com o mesmo empenho da luta
E renascendo, trazendo,
vestindo palavras com a carne Real
Pois o Rei é tão imenso
que jamais foi visto
E isso que se diz
só pode ser Verdade
Antes de qualquer
Espelho que deprave tudo
Teria que fazer comédias
e risos além dos medos
Para responder com o tamanho
de uma avó que tem coruja
Durma também imensamente
quando a carne for olhos
Durma tão imensamente
que o Sonho viverá novamente
Diga também que nunca viu
tamanho gelo de Sol
Diga que nunca viu
a areia fazendo sopa e contas
Pois quem conta até dez
sabe mais do Infinito
Ou até vinte porque aprendeu
a sentar e aguardar sem esperar
Mas quem dirá deste poema
sua Boca impossível?
Quem dirá destas outras histórias
o seu desfecho de vinho, Sangue e Amor?
Talvez uma Dandinha danada
que analisou mais o Sopro
Um Sopro vasto e que queria
o ontem como realidade
Mas para acender o Eterno
é preciso um rosto
Que como imagem e semelhança
despedaça qualquer Espelho
Ali não sobrarão fragmentos
de cores nem estilhaços
Nem retalhos das roupas
imensamente rasgadas
Pois o louco ultrapassa o inteligente
mas nunca o Sábio
Afinal, desta loura cura
o Sábio sabe...
Ali como interno de Si
responde e almeja
Almejando vai almando
tudo que pode ter sua Cor
A Cor última e sincera
do Cor-Ação...
E nessa canção houve um sim
que acabou com todos os nãos...
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