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Amém a mim




Que teu empenho de Sol

não aguarde Horizonte algum

Afinal o Todo nem quer mais

a Luz que expulsa o Vento


Tudo é simples

quando há Olho

Mas que o cuidado

seja maior que o Rio


Há sempre Som

e descontos fáceis

Mas que serão cobrados

como a Mão de revoada


Ondas e ondas e ondas

como trindades inventadas

Para uma pureza

que só a sílaba canta


Há muito e muito

mas o dizer perdoa esquecendo

Não o que foi

porque nada vai


E é exatamente aí

que os turbantes enrolam

Os esconderijos

da última caverna de Sangue


Teu vinho perfeito

aos Olhos do Céu

Assim dirá quem puder

com o mesmo empenho da luta


E renascendo, trazendo,

vestindo palavras com a carne Real

Pois o Rei é tão imenso

que jamais foi visto


E isso que se diz

só pode ser Verdade

Antes de qualquer

Espelho que deprave tudo


Teria que fazer comédias

e risos além dos medos

Para responder com o tamanho

de uma avó que tem coruja


Durma também imensamente

quando a carne for olhos

Durma tão imensamente

que o Sonho viverá novamente


Diga também que nunca viu

tamanho gelo de Sol

Diga que nunca viu

a areia fazendo sopa e contas


Pois quem conta até dez

sabe mais do Infinito

Ou até vinte porque aprendeu

a sentar e aguardar sem esperar


Mas quem dirá deste poema

sua Boca impossível?

Quem dirá destas outras histórias

o seu desfecho de vinho, Sangue e Amor?


Talvez uma Dandinha danada

que analisou mais o Sopro

Um Sopro vasto e que queria

o ontem como realidade


Mas para acender o Eterno

é preciso um rosto

Que como imagem e semelhança

despedaça qualquer Espelho


Ali não sobrarão fragmentos

de cores nem estilhaços

Nem retalhos das roupas

imensamente rasgadas


Pois o louco ultrapassa o inteligente

mas nunca o Sábio

Afinal, desta loura cura

o Sábio sabe...


Ali como interno de Si

responde e almeja

Almejando vai almando

tudo que pode ter sua Cor


A Cor última e sincera

do Cor-Ação...

E nessa canção houve um sim

que acabou com todos os nãos...

 
 
 

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