CorAção de areia
- poetadohorizonte

- há 1 dia
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Mãos de enlaçar sapatos
constroem o UniVerso
Cada estrela pede Voz
onde o brilho é despedida
Cabe em mim o sangue
e o imenso do CorAção
Onde o vasto tamanho
tem o calor de tudo que vai
As constelações como combinação
entre o peito e as horas
Uma escrita de Céu e Vento
a lembrar o envolvente e brilho
Talvez fosse a lembrança
Talvez sequer fosse
alguma coisa...
Mas quem diria dos espaços
o quanto é Horizonte?
Os acordos entre a Vida
e o desenrolar dos detalhes
Comprar um pedaço de tudo
com água e chuva
Como se coubesse
meu descanso no Destino
Esperando sempre as notícias
e a certeza de alguma refeição
Porque para comer
é preciso confiar
E das notícias, a sua limitação
de conviver com pouco
O pouco que diz, o pouco
que fala sem acreditar
Talvez houvessem profetas
de sentenças dispersas
Ou videntes do livro maior
do Céu como espelho
Era tudo que se quer
escrever e vir a ser
Como se as histórias
fossem semblante perfeito
Amarrando circunstâncias inteiras
pelas bordas que verdadeiramente contam
Amarrando como esconderijo
da última perfeição, olhos e suor
Porque onde a Luz vira sangue
é espelho da jornada e seu Deserto
Mas mesmo assim se pode correr
para algum tipo maior de miragem
Quem confia resolve falar menos
e com menores palavras
Profetas perfeitos do evangelho do Silêncio
a costurar e aumentar
Pois todos que confiam no Silêncio
vêem o bruto do CorAção
E vão tecendo embalados
o que é toque e partida
Mas agora somente as miragens
de estrelas e formas
Foram aos poucos dizendo
o tamanho do Vento
Animais como presságios
encomendavam espanto e sombra
Talvez para dizer novos caminhos
espanhóis e impassíveis
Nos capítulos que poucos visitam
a maior e grave das celebrações
Dizendo do Deserto
meu sangue de areia
Agora, o rosto que escondi
respira sem saber
Mas por isso mesmo aprende
tudo que chamam de Amor...
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