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CorAção de areia

Mãos de enlaçar sapatos

constroem o UniVerso

Cada estrela pede Voz

onde o brilho é despedida


Cabe em mim o sangue

e o imenso do CorAção

Onde o vasto tamanho

tem o calor de tudo que vai


As constelações como combinação

entre o peito e as horas

Uma escrita de Céu e Vento

a lembrar o envolvente e brilho


Talvez fosse a lembrança

de algo imemorial

Talvez sequer fosse

alguma coisa...


Mas quem diria dos espaços

o quanto é Horizonte?

Os acordos entre a Vida

e o desenrolar dos detalhes


Comprar um pedaço de tudo

com água e chuva

Como se coubesse

meu descanso no Destino


Esperando sempre as notícias

e a certeza de alguma refeição

Porque para comer

é preciso confiar


E das notícias, a sua limitação

de conviver com pouco

O pouco que diz, o pouco

que fala sem acreditar


Talvez houvessem profetas

de sentenças dispersas

Ou videntes do livro maior

do Céu como espelho


Era tudo que se quer

escrever e vir a ser

Como se as histórias

fossem semblante perfeito


Amarrando circunstâncias inteiras

pelas bordas que verdadeiramente contam

Amarrando como esconderijo

da última perfeição, olhos e suor


Porque onde a Luz vira sangue

é espelho da jornada e seu Deserto

Mas mesmo assim se pode correr

para algum tipo maior de miragem


Quem confia resolve falar menos

e com menores palavras

Profetas perfeitos do evangelho do Silêncio

a costurar e aumentar


Pois todos que confiam no Silêncio

vêem o bruto do CorAção

E vão tecendo embalados

o que é toque e partida


Mas agora somente as miragens

de estrelas e formas

Foram aos poucos dizendo

o tamanho do Vento


Animais como presságios

encomendavam espanto e sombra

Talvez para dizer novos caminhos

espanhóis e impassíveis


Nos capítulos que poucos visitam

a maior e grave das celebrações

Dizendo do Deserto

meu sangue de areia


Agora, o rosto que escondi

respira sem saber

Mas por isso mesmo aprende

tudo que chamam de Amor...

 
 
 

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