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O momento de Rio

No semblante do Rio

minha passagem é outro espetáculo

Não tem as plateias

mas o CorAção se veste


O CorAção se veste

de lã e poeira

Para atordoar imensamente

o mesmo Caminho


Como se responde

tudo que foi?

Os mestres que foram

a semelhança da distância


Os mestres que sorriram

mas não podiam dar mãos

O cansaço de eras esmagando

o que parecia uma missão


Mas como ser missionário

do Vento?

Como ser alguém que espalha

as vestes antes do sangue?


O sangue nu, completamente vencido

só queria o novo dia

O sangue escamado em peles

queria a nudez maior, de músculos e ossos


Quem daria o tom

para falar a que veio?

O que falar da Vida

que seja real e não quebra-cabeça?


Montei peças e mais peças

e algumas tinham cores que nunca vi

Algumas peças no primeiro momento

pareciam não encaixar


Retalhos e mais retalhos de uma lã

para lembrar onde se foi vestido

E a certeza perfeita

de que as peças também são perfeitas


O desentendimento e fugas

são horas acumuladas onde se precisa

Nada escapa como desperdício

mas acentua as cores das preces


Por que se inventa essa engenharia

toda da existência?

Cumpre sempre uma Voz

bem antiga e em Silêncio


E foi dela que ouvi

meio sem querer

Que nada estava errado

mas aguardando o momento...

 
 
 

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