Metade da minha Poesia
é barba
A outra metade
burrice completa
Burrice de apostar
no Cor-Ação humano
Porque empacou teimosamente
em um mundo único e distante
A criança, ainda burra,
não quer correr como o cavalo
Não quer o trote
sobre a teimosia de observar
Alguns olham pelos poros
do Céu
Outros pelas vitrines
que escondem um ouro cansado
Mas a criança que empaca
é instigada até roer a carne
E passa a esconder seu próprio
e único Céu
E para enganar quem fustiga
engana seu próprio sonho
Até o limite último
do crime da Vida
Quem desenha o Destino
antes de empacar?
Quem acessa o mundo
perfeito dos burros?
Porque é só lá
que se pode parar
E lembrar que no fim
o que sobra é Amor...
Essa é a burrice
desta poesia
Que empacou muito
antes dos olhos perdidos...
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