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Casa vazia do Oceano...

Somos uma Legião de Anjos

cravados no Eterno

É muito mais Além

do Além que se pensa


Não é que a gota árabe

seja um arabesco do Oceano

Mas que o Oceano em filigrana

É imensamente um momento de gota


Aqui cantam milhões de bilhões

de poetas cravados no Cor-Ação

Pedindo uma chance, uma letra

para nascer seu pequeno enigma


Pequeno porque um chinês sábio

disse que o pequeno é maior que o grande

E que os vasos inúteis

são ainda o Oceano em suas águas


E o Oceano não espera

por suas ondas e tempestades

Não esperam nem pelos

Anjos que escapam com sinceridade


Faz, tu, tua Obra sem esperar

também por quase nada

Porque por vezes a última casa

da oração é a casa que aprendeu esperar


Um paradoxo reconciliado é calmo

sabe fazer sem esperar

Mas também fazer muito

esperando o momento


Não há luta, e a Legião observa

como caminha o Caminho

Dando atestados invisíveis

para que o Oceano também se acalme


E aí o arabesco como hieroglifo

para além do Enigma perfeito

Faz os pés de um Poeta

que não é gota, nem Oceano


E quis verter o Além

do outro Além

Onde nem os Anjos

perceberam


Porque essa pequena (e por isso imensa)

Porta se desfaz sem nenhuma chave

Ou melhor, com a Chave única da Casa

que é a porta da Ação


Porque esse Poema de enigma

e celebração

Foi cunhado na forja dessa Casa imensa

e sem móveis com nome de Cor-Ação...

 
 
 

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