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Do extremo não saber

Não sei mais das estrelas

e seus últimos brilhos

Não sei o que é decisão

e viagem


Não sei mais como alimentar

as horas com alguma verdade

Não sei o que fiz

de mim e das horas


Não sei mais como vender

minhas últimas relíquias

Não sei onde estou

para oferecer uma dúvida


Não sei mais o que enviar

de mim que seja maior

Não sei o que pedi

no último jantar


Não sei mais o que dizer

que não destrua tudo

Não sei o que destruiu

lentamente tudo


Não sei mais o que sou

neste jogo de cenas

Não sei do espetáculo

qual meu personagem


Não sei mais onde encaixo

o vento que faz crescer tudo

Não sei onde estão os poros

que fazem tudo expandir


Não sei mais onde escondi

a peça do meu último quebra-cabeça

Não sei onde está

tudo que procurei


Não sei mais onde sumiu

o Uni-Verso e seu tamanho

Não sei por onde ainda posso

meramente vagar


Não sei mais onde é

o encontro dos anjos

Não sei onde está

a música que canta minha Vida


Não sei mais onde sou educação

sem ser o eterno aluno

Não sei onde estão

as réguas de medir distâncias


E por esses não saberes

coloquei minha última roupa

Para lembrar que não sabia

sequer dançar...

 
 
 

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