Lei renovada
- poetadohorizonte
- 20 de mai.
- 1 min de leitura
Eu sou as pedras
que lêem o Rio
A metade mais antiga
de tudo que veste
Talvez fosse dizer mais
mas aí seria precipício e horas
Seria calendários e calendários
por um encontro que nunca existiu
Quem daria essa visão
muito antes de tudo queimar?
Quem propõe ao Vento
sua última curva?
Medos e horas são traduções
de tudo que não entenderam
E ainda assim seriam enigmas
e muitas páginas por dizer
Mesmo assim teriam escombros
como resolução dessas pedras
Para alimentar tudo que é duro
e vasto na hora de sumir
Como poderia dizer algo
mais firme?
Quem teria a resolução maior
para essas incompreensões?
Talvez a palavra seja a carne
extremamente cortada antes de tudo
E fosse um espelho
dos sons e respiros
Busco palavras como quem fendeu
o pedaço da pedra perdida
E nela a inscrição de uma Lei
tão resoluta que nada pede
A essa Lei chamam de Deus
mas tudo é vasto
E a Lei se eclipsa
quando tenta falar
Suas letras são menores
mas alcançam cada pedaço de Infinito
Com a mesma destreza
de quem roubou o Fogo Eterno...
E é desse roubo
que cumprimos uma sentença
Por uma Lei
que no Sempre se renova...
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