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Lei renovada

Eu sou as pedras

que lêem o Rio

A metade mais antiga

de tudo que veste


Talvez fosse dizer mais

mas aí seria precipício e horas

Seria calendários e calendários

por um encontro que nunca existiu


Quem daria essa visão

muito antes de tudo queimar?

Quem propõe ao Vento

sua última curva?


Medos e horas são traduções

de tudo que não entenderam

E ainda assim seriam enigmas

e muitas páginas por dizer


Mesmo assim teriam escombros

como resolução dessas pedras

Para alimentar tudo que é duro

e vasto na hora de sumir


Como poderia dizer algo

mais firme?

Quem teria a resolução maior

para essas incompreensões?


Talvez a palavra seja a carne

extremamente cortada antes de tudo

E fosse um espelho

dos sons e respiros


Busco palavras como quem fendeu

o pedaço da pedra perdida

E nela a inscrição de uma Lei

tão resoluta que nada pede


A essa Lei chamam de Deus

mas tudo é vasto

E a Lei se eclipsa

quando tenta falar


Suas letras são menores

mas alcançam cada pedaço de Infinito

Com a mesma destreza

de quem roubou o Fogo Eterno...


E é desse roubo

que cumprimos uma sentença

Por uma Lei

que no Sempre se renova...

 
 
 

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