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O Caminho Universal

Foto do escritor: poetadohorizontepoetadohorizonte

Introdução


Este texto parecerá um caos aos desavisados, e uma ordem secreta para os olhos atentos. Não tenho como dar justificativas maiores, porque aquilo que é, por incrível que pareça, somente é. Este preâmbulo meio dado a justificativas é como a floresta, em certa oposição (porque em boa verdade nada é oposto neste nosso UniVerso, apenas complementos) ao jardim. Como assim? O jardim precisa de energia, esforço para ser mantido, porque caso contrário logo ele tende ao que a mente chama de caos. O caos na boa verdade é a floresta, age sem esforço mas tem uma direção, coopera, ajuda na diversidade, largou a competição e o esforço de uma única mente, parece não se importar com uma ordem sistematizada, mas por isso mesmo tem uma ordem mais ancestral, primordial, regida por uma inteligência extremamente sutil que sabe o melhor para aquela comunidade de plantas, mesmo que pareça para uma mente sistematizada não combinar uma certa flor com determinado galho, mas a floresta não tem mais que provar sua beleza intrínseca para a mente sistematizada, ela pouco se importa e está contente com seu modo de viver, mesmo que ninguém aprecie ou até esteja perto para ver toda sua exuberância "imperfeita", porque na sua simplicidade e mínimo esforço regido por um regente sutil sabe que essas denominações de "perfeito" e "imperfeito" são apenas incômodos de mentes que ainda não compreenderam o Caminho Universal.


A flor em sua inteireza não está preocupada se é vista, cheirada, apreciada, e mesmo assim não esconde, pelo contrário expõe seu máximo, seu ápice da sua busca pelo Sol. Ela sabe, nem uma única palavra ou descontentamento que há um destino, e na verdade, é mais que os homens chamam de destino mas precisaremos de mais tempo, por ora, ficamos com essa palavra. Ela não está preocupada se guerras estão sendo travadas, se inutilidades estão sendo ditas, se uma senhora oferece chá a um jovem que a ajudou a subir suas compras da semana. Tudo está onde precisa estar por uma ordem que ainda não se tem como explicar lucidamente, mas este livro avançará sobre o que sempre esteve e está aqui, que é o Caminho Universal... Nada está fora do eixo, mesmo quando aparenta, todo cálculo, de uma matemática muito mais suprema e sutil que a tacanha das deduções e induções que os homens se esforçam em sistematizar, talvez para entender a consciência suprema por trás de cada mínimo detalhe que foi calculado com uma maestria inimaginável mesmo pelo mais brilhante matemático.


Retomando o jardim, este é fruto de uma mente obsessiva, que imagina e quer ver uma certa disposição do mundo e suas cores de um jeito que é fruto de sua visão particular. Tudo é possível no plástico UniVerso, mas para manter algo que não é fruto da naturalidade do Caminho Universal será necessário uma energia, maior ou menor dependendo do jardim, para manutenção, porque se esquecido o jardim, logo ele vira uma floresta. A grande ideia é se render à floresta. É desgastante o esforço sistematizador da mente incessante, e precisa ser cultivado com uma intenção deliberada. A floresta você aceita, se rende, e nunca mais precisa se preocupar, pois sua ordem aparentemente caótica para a mente já está cuidando de tudo...


A Vida é floresta, não jardim...


O Caminho Universal é a floresta.


Com essa introdução, certamente peculiar aos olhares mais sistemáticos, digo que a toada deste livro será essa, por isso, caso ainda não seja o seu chamado para esta leitura, abandone, sem dó, ainda há lições que não foram aprendidas e aqui não encontrará muito porque não haverá diversão para quem não aprecia a floresta. Se ainda está se esforçando pelo seu jardim, tome cuidado, porque embora o tempo sequer exista, não seria melhor aprender logo que há um regente perfeito coordenando cada mínimo detalhe deste pequeno jogo de aprendizado?


Jogo de aprendizado?


Vou utilizar a partir do próximo capítulo imagens já popularizadas na maior parte do mundo pelos objetos eletrônicos que usufruímos, como videogames, e perdendo um pouco da universalidade das imagens comumente utilizadas em textos assim como flores, árvores, rios, espírito e coisas abrangentes, mas perdendo talvez em universalidade ganharemos em mais acuidade e precisão com a ideia que na verdade ecoa para explicar sutilezas de uma grandiosidade tal que ainda está distante das nossas mentes, mas próxima até demais, porque sequer tem distância, dos nossos corações...


Do Jogo jogado por um único jogador...


Somos apenas um jogo. Sim, igual um jogo de videogame ou computador. Isso por si só fere suscetibilidades que com aquele ego ainda em chamas quer ter o controle da Vida e da sua própria carcaça biológica que chama de vida. Largue essas suscetibilidades, você não difere em nada de uma abelha ou uma flor, com a exceção de que a flor e a abelha certamente estão felizes cumprindo seu papel de flor e abelha, sem o ego que impede essa sua felicidade, mas se quer ter o controle do joystick da própria vida, se quer ter a sensação "perfeita" de que o controle do jogo está em nossas mãos e que decidimos tudo de nossas vidas...


Não é o caso...


E justamente por essa vontade de termos o controle egóico das nossas decisões, fomos colocados nessa simulação para ver como nos saímos.


Simulação?


Vamos com calma... O jogo tem um objetivo único e claro para todos que entenderam: amar incondicionalmente tudo e todos. Quem entendeu, esse jogo não é mais necessário. Quem não entendeu vai, como nos videogames, sofrer reset para esta e outras simulações até que possa aprender a lição. Não tem escapatória dentro do jogo, apenas fora dele. O Oriente tem uma expressão para como sair do jogo: neti neti. A compreensão do que essa expressão resguarda é o ápice de como "pular fora do jogo", é um estado de consciência de não estar nem jogando, nem não jogando. É sutil, e vou deixar por ora só a indicação da expressão, porque há outros pontos do jogo a serem explorados agora.


Primeiro, você quis jogar. Sabendo ou não agora, neste exato instante que pediu ou não, você pediu para ter essa lição, e o motivo de ter pedido só se descobre fora do jogo. Mas você pediu para "ter controle" da própria vida, e assim o jogo foi iniciado para mostrar o que ocorre quando você achando ser uma entidade separada decide por si só tomar as decisões de como deve ser a existência. Você pediu esse jogo para experienciar como seria viver esquecido de como é achando que tem um ego separado do verdadeiro controle do Todo, Tao, Deus, o nome é irrelevante, até porque não tem nome. E na verdade não é controle efetivamente, são as balizas que a simulação tem para que você viva os aprendizados que precisa ter, e essas balizas também foram definidas por você antes de entrar no jogo. Você escolheu qual dos jogos queria jogar, assim como ao escolher um jogo e instalar em seu computador, você quis as balizas, as regras, e para jogar aquele jogo de computador ou videogame, vai ter que jogar conforme as regras daquele jogo, não terá como extrapolar o limite daquele jogo. Sim, esta vida terrena é um jogo espiritual, e só se vence aprendendo o amor incondicional, mas há várias fases até ele em sua perfeição, como há várias fases no videogame até o último desafio para encerrar o jogo. Mas aqui neste estado, quem está com o controle da sua vida não é você, e reconhecer isso é a verdadeira liberdade. Entramos no jogo acreditando sem entender que estamos decidindo e controlando tudo...


DETALHE: em máxima verdade você nunca decidiu e teve controle efetivamente de nada, você tem essa ilusão para manter o jogo e descobrir "sozinho" que nunca teve controle de nada. Esse é o "retorno a casa do Pai". Nem você esteve nunca sozinho, nem nunca decidiu nada, e aqui está a chave que ficará mais clara a partir do Campo Infinito e da Informação, com Ele ficará claro que livre-arbítrio não existe, e é apenas uma ilusão da simulação para ver como você caminha neste mundo acreditando que decide pelo que acha que decide, e calcular os aprendizados que ainda não foram internalizados pelo jogador, pelo personagem.


DETALHE2: não é porque esta pequena vida é um joguinho que não se deve cuidar dela. Se já jogou algum jogo, principalmente os de videogame e computador, sabe que quando se está jogando você não questiona a fantasia, e quer jogar do melhor modo possível. Quando se está empenhado no jogo, você terá um esforço para fazer o melhor, nunca questionando se aquele personagem em pixels existe ou não, não é essa a tarefa do jogo. A tarefa do jogo é jogar, assim como a tarefa desta vida pequenina que temos aqui é viver, com todo empenho para fazer o melhor, sabendo que esse fazer não foi decisão sua, mas estava já pré-programado pelos programadores da simulação. Cuidado para lembrar que está apenas jogando, porque quando se joga um videogame, absorto no jogo, esquece-se que está no jogo e se acredita naquelas imagens piamente sem questionar os movimentos ou os personagens. Cuidado com a fantasia.


Lembre-se tudo isso é só uma simulação para aprender amor incondicional.


Dito esses detalhes, veja além de si, da casca biológica, do personagem que assumiu, quem está realmente controlando todas suas decisões? Os próximos capítulos irão clarear... Mas voltando um pouco, veja a inteligência que está tecendo seu caminho nesta floresta cósmica. A erva daninha só é chamada assim pela mente, o jogo da simulação aceita incondicionalmente a erva daninha, tanto que ela existe nesta simulação. A ilusão de que existem coisas "boas" e "ruins" é da mente, porque como o jogo é infinito, somente o seu caminho teve uma certa rota, e ela nem é "boa" nem "ruim", mas apenas uma experiência a ser tida para registro no seu caminho particular, mas como a informação e o campo são infinitos e tempo sequer existe, um dia você viverá todas as experiências se assim quiser... Sobre informação e campo iremos ver adiante.


Informação


Teremos agora de adentrar o UniVerso onde a física acadêmica principalmente do mundo ocidental se mistura com a mística dos grandes mestres da Vida e do Caminho Universal.


Einstein deu o pontapé num UniVerso que para além das aparências começou a se tornar mágico, até para os acadêmicos mais sistemáticos e cartesianos. Seu estudo sobre o efeito fotoelétrico começou um campo que teve o termo cunhado por físicos da universidade de Göttingen: quântico. Os físicos estudando a luz perceberam que suas partículas mais diminutas (lembrando-se da dualidade onda-partícula) os fótons eram ao mesmo tempo uma energia discreta e informação, o quantum, pois tinham uma quantidade de energia e ela era ao mesmo tempo informação, por isso os modelos e computadores quânticos podem usar essa transição de energia como informação para transferir dados.


Até aqui, não parece muito mágico (como se essa simulação e o fato de haver luz por si só já não é uma magia imensa...) para os olhos anestesiados e acostumados, mas o que assusta e leva a novos saltos são algumas propriedades desse UniVerso das partículas-ondas quantizadas, como emaranhamento quântico por exemplo, ou colapso da função de onda, enfim. Só para ficar nessas duas, na primeira foi observado que é possível entrelaçar energeticamente duas partículas quânticas e assim, caso uma delas sofra uma alteração a outra responde instantaneamente, inclusive ultrapassando a velocidade da luz que era uma constante como o máximo de velocidade nesse UniVerso visível no modelo de Einstein. E este é o problema, há muito mais do que apenas o visível, e o colapso de função de onda é isso. A teoria quântica diz que estamos imersos em um assim chamado "vácuo quântico", e há infinitas probabilidades das ondas quânticas aparecerem, mas o observador irá colapsar e "ver" só uma das infinitas possibilidades, ou em uma velha discussão, a lua só existe quando se olha para ela, em linguagem mais clara.


Há mais uma propriedade, fundamental que é a superposição de estados quânticos, exemplificado magistralmente no famoso gato de Schrödinger, em que antes de observar uma caixa quântica teórica com um gato dentro, antes de observar com um dispositivo de decaimento que poderia matar o gato, o gato está vivo E morto, ao mesmo tempo, até que se abra a caixa e observe o gato e colapse a função de onda. Isso quer dizer que diversas e infinitas realidades são superpostas umas às outras, sem que possamos medir com nossos aparelhos...


Também um estudo mostrou que a consciência é um fenômeno quântico, pois há um entrelaçamento quântico de algumas partículas do cérebro quanto está consciente, e some esse entrelaçamento quando se perde a consciência. E aqui fica uma dúvida, claro não respondida cientificamente, mas talvez já pelos místicos de diversas eras: para onde vai a consciência?


A ideia inicialmente aqui não é dar essas respostas, mas falar sobre informação neste momento. E informação nada mais é que o quantum, ou seja, a quantidade de energia e informação que não se poderia dividir, mas esse conceito de não se poder mais dividir é para nós como observadores humanos dessa simulação, porque certamente há detalhes cada vez mais diminutos, afinal, esta simulação é um fractal (vamos aos fractais mais à frente).


Energia é o que põe algo em movimento, informação é para onde esse movimento é direcionado, ou seja, quando um elétron ganha energia ele precisa ir para outra camada de valência por exemplo em um átomo, para onde ele vai quem diz é a informação. Em boa verdade, para nós observadores com limites impostos pelo nosso código, temos por energia o mesmo que informação, porque a quantidade de energia é a informação para onde o elétron deve "pular" nas camadas dos átomos. E a jornada desse elétron é igual à nossa, e o movimento browniano, que é o movimento aparentemente aleatório de uma partícula em suspensão, tem uma ordem assim como a floresta e a nossa vida. Somos apenas uma jornada de busca por informação, num campo infinito de informação, e como não há pressa vamos ir e voltar várias vezes, mas para acessar a informação teremos que colapsar apenas "uma" das infinitas possibilidades do campo, e teremos de colapsar a "realidade" que nossa estrutura permite, digamos assim, o nosso "hardware", embora nosso "software" que é a própria consciência permite absolutamente tudo, a consciência é ilimitada. E a nossa estrutura é um código (diz-se do DNA que é um código que organiza todas as células), ou seja, tem as diretrizes e as balizas do que poderemos e conseguiremos ver do campo de informação infinito. Além da luz violeta (ultravioleta) e aquém da vermelha (infravermelho) nossos olhos não vêem, tem esse código, essa baliza, mas essas radiações existem, celulares, rádios e tudo praticamente da eletrônica seriam impossíveis sem as radiações aquém e além do que conseguimos ver... Ou seja, viemos para essa simulação com balizas determinadas para cumprir um certo tipo de jornada, com certos tipos de desafios e certos aprendizados. A dica para a jornada é: Não tenha pressa.


O campo infinito preparou tudo, e na verdade não importa a próxima palavra que virei a escrever neste texto, ela estava no campo infinito, só veio a ser colapsada, só veio à tona neste instante, por isso seja grato, o infinito lhe deu de presente a calma de entender parte dessa imensidão, sem nenhuma pressa, porque afinal, o tempo também é um código dentro da simulação apenas para gerar aprendizados, mas o jogador é eterno e infinito. De novo, não tenha pressa... Observe atentamente o que lhe foi reservado pela Vida, o que esse código da simulação resguardou, e se somar à atenção a gratidão, aí se tem um elixir que ultrapassa as eras, os sábios, os entendimentos, as dúvidas, tudo! É só apreciar com gratidão seu caminho... ...


O Caminho Universal é não se diferenciar em nada de uma abelha, ou de um cachorro, mas tendo consciência de que não há diferença em substância, porque substância é o que está abaixo da instância, e o que está abaixo é a própria Fonte de tudo, é o solo, a raiz, está abaixo, mas está acima, do lado, dentro, fora, no meio, em tudo... Aqui entra a verdadeira sabedoria, pois há seres e realidades fantásticas? Sim, inclusive dentro desta simulação da Terra que se está imerso neste momento, porém sabedoria é o não-desejo, ou seja, amar incondicionalmente o estágio que se está do Caminho Universal, e não querer estar em nenhum outro estágio ou lugar dessa jornada. Há seres com poderes fantásticos, inclusive na Terra? Tem, mas que importa não ter poder miraculoso, voar, ou qualquer coisa que a imaginação possa lhe ofertar, e o que é possível imaginar, é possível de existir, mas é preciso uma jornada, um caminho de maturação dessas informações. Mas a sabedoria real diz: "Não estou com pressa e estou contente sendo um humano, estou apreciando e usufruindo cada passo e aprendendo com a jornada, porque ela foi esculpida em cada milimétrico detalhe, e assim como a abelha e o cachorro estão contentes sendo o que são, sem a ilusão do ego, eu também estou", e tem na força da expressão uma paciência de Jó. O Caminho Universal está tratando de tudo, por que se afobar em querer algo antes do tempo? A eternidade é sua e sempre será. Você está no exato e mais perfeito lugar para você aprender o que precisa neste instante. Este é o seu caminho de retorno. Lembre-se que o jogo desta simulação é para aprender o amor. Só isso. Tão simplesmente isso. Amar a jornada, chegar nessa informação para encerrar e desligar o videogame. E essa informação já está em tudo, para isso desapegue do personagem do seu jogo, do jogo, dos participantes, dos medos, porque o controle não é seu, embora pareça, tem alguém jogando para buscar informação com o seu corpo. Como dizem todos os mestres de todos os tempos: você não é seu corpo, seu nome, sua ideia de si mesmo, seus gostos. Você é o caminho por onde esse jogo está passando agora momentaneamente em busca de informação e aprendizados. A grande Verdade tem um código para lidar com tudo, e o que se chama de "morte" nem sequer existe, é só o jogador dizendo que cansou desse jogo, que vai desligar o videogame da simulação, não precisa ter medo nem coragem em relação a isso. Não é o fim do caminho, é o fim de uma fase e de um jogo, depois virão outras simulações, outros aprendizados, a lei a ser aprendida nesta é só o grande amor... Essa informação vale mais que ouro, porque muitos estão jogando sem essa informação, e vão ficar tendo reset até que a lição seja aprendida, a Vida, novamente, não tem pressa...


Mas voltemos à informação digamos que você quer fazer um prato de comida que tem na receita arroz e lentilha, o que precisa ser feito? Pense na questão prática, e também como chegou no resultado prático, esmiuçando os pormenores, pare até a leitura e volte quando achar que detalhou bem a saga para fazer um prato com arroz e lentilha.


Retornou?


Bom, você antes mesmo de buscar o arroz e lentilha na prática, teve que buscar várias informações em sua memória. Talvez tenha tido até memórias afetivas e nem relacionadas com a tarefa pragmática, pensando que um parente amado fazia um prato assim ou parecido. E onde está essa memória acessada? No cérebro, poderia se dizer de bate e pronto, mas...


Vivemos imersos em um campo informacional, e uma dupla de biólogos chamados Maturana e Varela chamaram de campo morfogenético, porém o campo morfogenético é bem parecido com o conceito oriental de Akasha, embora o campo akáshico por ser multidimensional e fora do tempo, seria o próprio campo informacional e infinito que estamos imersos sem perceber diretamente. Todas as informações e de todas as possibilidades já existem, porém só "vemos" essa realidade, em termos quânticos, só colapsamos esta função de onda. Para traduzir em uma linguagem mais simples, pense um rádio, é como se todas as músicas possíveis e imagináveis de todos os UniVersos já estivessem tocando, mas você só consegue sintonizar uma música por vez, não mais que uma. Essa uma música é esta "realidade" da nossa vida pequenina. Todas as vidas possíveis e imagináveis já estão tocando, mas só sintonizamos o que nossa estrutura consegue ver, o que o nosso código, o nosso "hardware" permite, mas não que as outras não existam. Estamos nessa simulação com um motivo, já explicado, aprender a amar, os demais virão conforme jogarmos bem ou não este jogo, conforme entendermos mais profundamente e até além das regras deste jogo, porque como tudo está aqui, é possível ir acessando outras possibilidades, mas essas aberturas são feitas se a simulação souber que o aprendizado foi internalizado, não dá para pular etapas ou na linguagem dos videogames, pular fases. A história do jogo precisa ir do início ao fim, e não tem escapatória, cada informação precisa ser colecionada como um entendimento profundo e real. E como disse um grande místico sufi: "O que você busca está te buscando", por quê?


A jornada é de busca pela origem após o aparente afastamento inicial. O que significa tudo isso? Os cientistas conseguiram "fotografar" o Yin Yang, uma fotografia de um entrelaçamento quântico que tem o formato idêntico ao símbolo Tai Ji da mística taoista. A chamada divisão sem corte (porque o próprio Tao não se separou na divisão) gerou uma dicotomia, o Yin e o Yang, e as sucessivas divisões da energia primordial até essa simulação que estamos, "separou" o primeiro Yin e Yang, que por não haver tempo, querem fazer a jornada completa até o reencontro. E como isto está além do tempo, pode levar trilhões de trilhões de anos como nós chamamos essa medida de tempo com base no nosso Sol. O Yin e o Yang são as duas informações originais, o dois quanta originários. São apenas informações, ou, como vimos para nós observadores desta simulação, energia. Mas há mais complexidade, esse pequeno detalhamento é para nós nesse código da simulação, onde "sintonizamos" o espaço-tempo, as cores, a partir da nossa estrutura, pois há outras "realidades" igualmente simuladas com outras características físicas que não temos sequer matemáticas e teorias para compreender, embora os físicos acadêmicos estejam profundamente imbuídos nessa jornada. Recomendo o livro A Realidade Oculta de Brian Greene, embora a matemática seja densa em alguns momentos, dá para compreender como o tecido do UniVerso é muito mais "mágico" do que supomos ao confiar meramente nos sentidos sem nenhuma investigação maior. E isso partindo dos maiores acadêmicos de grandes universidades do mundo, porque muito do discurso ocidental não é validado caso não tenha o selo "cientificamente comprovado". O engraçado é que muitos dos discursos chamados místicos ou esotéricos começam um por um serem visualizados por "comprovações científicas", a mais contundente o próprio símbolo do Tai Ji em um emaranhamento quântico.


Portanto, para resumir, todas as informações já existem, embora nossa estrutura física e biológica não consiga diretamente "ver", mas todas as informações das infinitas possibilidades já estão no chamado "vácuo quântico", porém nosso código de DNA gerou uma estrutura biológica com certos limites para não extrapolar o jogo desta ordem. Para acessar a informação é preciso um certo "caminho" para que as informações duplas se encontrem. Quanto "tempo" leva é irrelevante. E esta informação não está "fisicamente" no cérebro, está no campo informacional, mas o cérebro é uma das ferramentas para colapsar a onda de informação que precisa ser achada. A vida pequenina é ajudar o duplo originário (Yin-Yang) a se encontrar, como se fosse um comando ping de computador. Este comando segue vários caminhos até encontrar o destino que quer e sabe se a informação dele está viva no outro lado. Nós rodamos levando informação por um Caminho Universal, para encontro do duplo originário. Se isso for levar trilhões de trilhões de anos terrestres, a informação não tem pressa...


Campo do Infinito


Vivemos imersos como foi dito em um campo informacional. A energia ou campo primordial de onde tudo provê, os físicos o chamaram de vácuo quântico. Tudo que podemos ou não imaginar tem digamos "morada" neste vácuo quântico, lembrando que nossa capacidade de imaginação é extremamente limitada se compararmos com o infinito, ou seja, temos acesso a quase nada diante do que o vácuo quântico resguarda, e também lembrar que toda nossa imaginação está limitada pelo nosso "hardware", ou seja, nossa carcaça biológica. Temos acesso a um pedaço diminuto do fractal total, que nunca é alcançado, por isso apenas temos de usufruir do Caminho.


Como o campo infinito de todas as possibilidades já existe em um campo informacional, cai por terra pensar e falar em evolução. Se tudo possível, imaginado ou não, já "existe", não existe evolução. Este conceito só pode surgir para falar da nossa simulação com as nossas regras, para o nosso jogo, o nosso UniVerso, que é um dentre infinitos. Como nossa capacidade de observação está limitada ao nosso "hardware", olhando as aparências vemos como se algo estivesse indo de um lugar ao outro, mas essa perspectiva é apenas dentro deste jogo, deste código, desta programação. Mesmo assim a simulação deixou pistas de que é uma simulação, e a principal é o "sumiço" de tudo quando um observador não olha. É só um jogo de luzes, complexo, mas só um jogo. Sim, a lua não existe se ninguém olha para ela. Assim como qualquer coisa. Porque o colapso da função de onda é que traz a "realidade" para o observador, ou usando o rádio, a música só "existe" para quem sintonizou aquela música na rádio, as outras são só possibilidades. Memória não é realidade, mas é informação. Se alguém jogar uma bomba de hidrogênio e destruir a lua, sua memória tem a informação, mas a lua não "existe" mais... Para a consciência não há diferença entre "realidade" e "memória", as duas estão no campo infinito de informação, mas uma pode ser colapsada na "realidade" para os observadores daquela "realidade", e a outra não pode. Mas como não é evolução o paradigma, porque tudo de todas as possibilidades já estão no campo infinito de informação, qual o paradigma da Vida?


Como o Campo e a Informação se ligam ao Caminho?


Então, como podemos ligar o campo que já tem todas as informações de tudo, nossa vida, e a informação?


A Vida enquanto Caminho Universal é Escola Consciencial.


Como assim?


Lembremos do tal Jesus que disse: "Vós sois deuses". E isso foi esquecido momentaneamente para adentrarmos um curso intensivo aqui nesta simulação, para jogarmos um jogo que neste momento do Caminho Universal se tornou necessário para relembrar UM dos caminhos infinitos e continuar a jornada para levar nossas informações divinas para apenas e sempre relembrar um caminho de expansão divino, porque como todas as informações encontram cedo ou tarde o seu destinatário. Pensemos as células de um único indivíduo que contém cerca de 37 trilhões delas, organizadas e cumprindo seu papel enquanto esta simulação persiste. Ele não precisa conscientemente ordenar que a mitocôndria faça a complexa e intricada rede de reações para que o metabolismo ocorra, nem que o complexo de Golgi remeta substâncias e para onde deve ir. Há um Caminho estabelecido para todas essas informações correrem, e elas cumprem um código já programado para tais atividades. Um princípio hermético diz que assim embaixo, assim em cima, e assim como a complexidade de 37 trilhões de células que são mini cidades para a informação correr não precisa ser coordenada por um ego que queira determinar e controlar tudo do seu jeito, assim também nós só precisamos entender o fluxo da história que já está escrita no campo infinito. Nossa arrogância nos trouxe para essa simulação, e acreditar que estamos no comando e regendo a vontade do mundo, aprender um pouco mais de humildade.


A pergunta que intriga os homens: "Há um destino?", e a resposta é simples: "Sim, caso você aceite o fluxo infinito do Rio da impermanência e que não tem nenhum controle sobre Ele..."


Aceitar o fluxo do Rio do Caminho Universal é parte do nosso aprendizado do amor incondicional. Assim como as células já sabem sem nenhum esforço o que precisa ser feito, nós também se eliminarmos a arrogância, o controle, a força. As informações que nos perpassam esse corpo biológico estão buscando sua origem, e cada informação da mais diminuta e obscura, à mais consciente e clara, todas estão buscando sua origem, seu duplo, numa dança cósmica. A nossa tarefa é não colocar freios aqui nessa simulação para que cada informação ache seu caminho, ache seu caminho de expansão, e aceitar que a floresta é densa, obscura e caótica num primeiro olhar, mas na verdade, cada informação está no lugar que precisa estar para seguir o Caminho Universal. A abelha não está infeliz de "" ter que polinizar as flores e construir sua colmeia, porém os humanos estão infelizes, tristes, cansados por terem que andar por aqui, só pelo simples motivo de achar que ele "sabe" qual é o caminho que tem de ser trilhado, se enganando com ilusões da mente, pra um jogo que ele mesmo pediu para confirmar que sabia seguir sem saber de Deus, deuses, ou outras entidades espirituais, porque a mente sabe onde está a informação correta. A inteligência sutil do UniVerso cuida de 37 trilhões de células de 8 bilhões de humanos, mas a diminuta e estreita mente acha que sabe como coordenar a própria vida, e nessa ilusão de livre-arbítrio assiste tudo estarrecida. Não escolha. Quando o coração vibra por algo, não escolha, siga a vida pulsante. A informação sabe para onde tem que ir, nossa tarefa é não atrapalhar. Se a simulação tivesse deixado em nossa mente a tarefa de coordenar 37 trilhões de células, cada qual com suas organelas várias, qual seria o resultado?


Lembre-se, a informação, não importa do que seja, já existe. Este é o primeiro ponto. Segundo, deixe a inteligência sutil do UniVerso (chame de Deus, Tao, Nirvana, Ordem, Lei, o nome pouco importa) guiar, porque na verdade já está fazendo isso, para onde a informação precisa fluir. Um rio nunca é reto. Aceite. Este é o amor fati de Nietzsche aliado ao seu eterno-retorno. Eterno-retorno é infinitamente estar caminhando de volta à origem, à Fonte inicial, e nunca chegar caso a consciência não descanse no ponto neutro. E para isso haverá voltas, ondas, idas e vindas. Está tudo perfeito assim. Sua tarefa é amar o que você com seu ego acha que é "imperfeito", pois na verdade, nenhuma informação está fora de lugar, o campo balança também com o ritmo da sua música, não precisa tentar "encaixar" algo para ser aceito. A aceitação já é a Vida por si só, nada está fora do lugar. Aprenda a lição e se alegre com tudo que aconteceu, acontece e acontecerá. Nisto reside a possibilidade de entendendo o jogo, sair dele caso queira. Entendendo esta informação, o Rio terá achado o seu Oceano e a dissolução do ego encerra a busca. Antes do fim do ego tudo parece impossível, e após o fim do ego tudo parece possível, basta o entendimento correto. E o eterno-retorno é uma molécula de H2O fluir incessantemente do Oceano para o céu evaporando, do céu para a Terra, na Terra infiltrar para seguir o fluxo até o Rio, e do Rio seguir o fluxo de volta ao Oceano. Ela não está preocupada se isso demorará 3 dias ou um ano inteiro, sua tarefa é fluir com alegria, porque Tudo vibra a alegria para quem está atento. E se essa diminuta molécula de H20 vai ficar infinitamente fazendo este ciclo, eles jamais serão iguais, porque os caminhos percorridos sempre são únicos para esta simulação. Se essa molécula tiver paciência viajará o mundo inteiro incessantemente também, subindo no fractal. Sim, é perfeito. E é perfeito no sentido de acabado, não tem nada que precisa ser feito, só apreciado qualquer que seja o jogo de luz. Ser uma mônada bem resolvida...


"Quando o elétron gira o UniVerso estremece" disse certa feita um físico quântico.


Com o fim do ego o Caminho se torna liberado para aceitar o fluxo impermanente de tudo, e que absolutamente nada precisa ser controlado porque a própria simulação em sua lei de constituição deixou tudo arranjado caso haja confiança nesse amor incondicional. O único pedido do jogo é: confiança.


E a mente começa a perguntar: Mas por que eu tenho de confiar?


E a resposta vem no Silêncio... Não tente achar que a mente irá saber, porque só o Silêncio sabe, e quando Ele chegar não há mais dúvida sobre nada, como disse Osho certa vez: "A resposta é não ter mais perguntas". E o Silêncio cala fundo qualquer pergunta... Não por calar de forma ditatorial, mas pela aceitação da Lei que rege esta simulação, e que por confiar com todas as vísceras nesta Lei e sua sabedoria infinita, nada deixa de estar resguardado. Essa nossa existência dentro da simulação está resguardada em cada mínimo detalhe, desde a mais ínfima sujeira, até galáxias e nebulosas. Tudo! Por isso não há algo a se preocupar, e a chamada iluminação espiritual é a irrestrita confiança na Lei, mas não é chegar a algum lugar especial, na verdade é parar de correr, não há lugar algum aonde se chegar e que portanto nada está fora de lugar, mesmo que pareça, e que com paciência para que as informações achem seus caminhos, tudo é organizado. Porém mais fundamental é a confiança, porque confiando se tem paciência que tudo precisa ser organizado e as informações distribuídas no campo informacional para que o comando ping consiga ir e voltar com a informação. E mesmo quando a atenção está no ego a Lei sempre é perfeita e age para que as informações "melhores" (em boa verdade não há informações melhores ou piores, o cálculo já está feito, mesmo quando a nuvem do ego parece obscurecer a consciência, tudo está nos trilhos para seguir o que precisa ser seguido, irrestritamente).


E aqui, sempre surge a dúvida para as mentes da simulação: Se tudo já está perfeitamente calculado, não preciso fazer nada?


Lembremos inicialmente antes de responder a pergunta as palavras de Jesus: Olhai os lírios do campo, que não trabalham nem tecem! E contudo nem Salomão em toda a sua glória se vestiu tão bem como eles.


Esta pergunta é uma falta de entendimento. O que a pergunta chama de "fazer" vai continuar existindo, mas existe a diferença entre saber quem faz: ego ou a Lei. Essa é a raiz profunda da arte do não-esforço dos orientais expressa nos termos da ação pela não-ação ou wei wu wei em chinês. A ação, o fazer vai existir, mas a consciência sabe que há algo regendo aquilo para ser feito sem esforço, como o crescimento, frutificação e existência de uma árvore. O símbolo da árvore é de uma entidade enraizada e que a ela tudo vem sem grandes dificuldades. Caso hajam dificuldades, é porque as informações precisam migrar, e como não existe morte mas apenas transmutação das formas, energias e informações, tudo continua "existindo" de uma forma diferente, com um novo arranjo dentro das infinitas possibilidades. Entender isso é começar a agir sem esforço, muito diferente de achar que nada precisa ser feito. Mas caso a interpretação mental seja literalmente não fazer nada, assim o campo de informação quis para testar uma nova possibilidade, como alguns sadhus e rishis. Nada está fora dessa "matemática" perfeita sem um número sequer. Por isso, não precisa ter medo de escolher este ou aquele caminho na vida, porque todos os caminhos retornam à origem, mesmo que demore mais ou menos tempo, mas não se precisa ter pressa, a prática da paciência confere poderes até "mágicos" quando compreendida com excelência. A tarefa essencial é manter a atenção a cada detalhe, a cada movimentação, e buscar compreender o fio do tecido da Vida que está sendo montado. Novamente, cumpre ligar o Campo Infinito e a Informação com o Caminho pela confiança, sempre lembrando que confiar é fiar conjuntamente com esta Lei invisível que a tudo sabe, ou seja, tecer pacientemente o tecido do grande corpo cósmico deste Caminho Universal. Há algo na simulação que está fora dela, que não é simulado, que não é ilusão se assim podemos falar, e confiar leva a começar a ver o invisível, o que está fora desta simulação e que nunca se perdeu em boa verdade...


Esta tarefa de unir com confiança as informações da Vida não é difícil, mas exige coragem, ou seja, agir com o coração em sua inteireza, porque quem nos guia é o coração e não o cérebro. Fizeram um experimento colocando eletrodos em todo o corpo de pessoas em frente a um computador para medir as reações a fotos trazidas aleatoriamente nas telas. Adivinhem qual era o primeiro órgão a responder fisiologicamente? Exato, coração... E no estudo o mais surpreendente é que conforme iam mudando as fotos, por questões de micro-segundos o coração agia antes da foto sequer aparecer, ou seja, o coração já sabia o que ia aparecer antes de os olhos verem e o cérebro decodificar. Ou seja também, que nossas vidas são guiadas e somos levados aos acontecimentos que temos de viver, não o que queremos necessariamente. Antes de embarcar neste jogo, nesta simulação, concordamos com os principais pontos que ocorreriam conosco, para assim "sentir na pele" o que são essas características e sairmos com um aprendizado, com um entendimento, com uma nova forma de conhecer e organizar o UniVerso todo. Por quê? pergunta o mais inquieto mentalmente, e peço que humildemente se renda à confiança que a resposta sem palavras vem. Cedo ou tarde, tenha paciência e firmeza na vontade. Como disse um mestre: "A porta batida será atendida". Mas como foi dito por vezes a informação da resposta para uma pergunta feita na simulação só pode ser compreendida além da simulação, porque a estrutura do "hardware" biológico não suporta, nem sequer pode compreender essa informação. Se a porta surgiu como pergunta nesta simulação, é porque há a informação correspondente, mas aceite que como a abelha não saberá nesta vida de abelha a matemática da física mentalmente, talvez essa carcaça não tenha nesta vida de humano simulado a resposta completa, e como nada fica sem resposta e resguardo, quando perder a carcaça pode ser que encontre tudo e mais do que sempre teve dúvidas. Não tenha pressa, o tempo não urge, até porque ele é uma ficção... Mas isso só é descoberto em profundo Silêncio...


Em suma, confiança irrestrita...


Tempo


Um dos temas mais difíceis a serem explorados quando se tem esse "hardware" biológico porque esta simulação parece encadear em sentido cronológico os fatos desta vida pequenina, e difícil dissociar as transformações da criação mental vista como Passado-Presente-Futuro. Para além do tempo há outras possibilidades, na verdade, também infinitas. A infinitude é a característica mais marcante desse algo que tem um gigantismo que sequer podemos abarcar mentalmente. Mas vamos ao tempo.

O que chamamos nesta nossa simulação de tempo é uma relação, o que significa dizer que não existe por si só. Como assim? Para começarmos a tentar entender para desconstruir essa ideia, é preciso pensar no conceito de segundo, que é uma comparação, ou seja o segundo por si só não existe, ele é a comparação com o uso do átomo de césio como medida. Uma definição formal diz: "O segundo é definido como a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133". Ou seja, digamos que apenas um único período dessa radiação fosse diferente e teríamos um UniVerso completamente diferente, porque as oscilações seriam todas na malha do campo informacional diferentes. A mudança de um único elétron seria a mudança do cosmos inteiro, por isso o modo depressivo que julga não ser importante para o mundo é fruto de falta de conhecimento, ou seja, de não saber que o cosmos inteiro seria diferente sem aquelas informações na simulação, porque a simulação está integrada ao campo informacional infinito de onde a simulação retira toda sua possibilidade.


Em boa verdade, o UniVerso não existe, mas a pulsação de cada surgir e desaparecer de cada quantum no cosmos, em suas respectivas frequências, dão a ilusão do filme para as mônadas, ou seja, o que estamos vendo é apenas os quadros por segundo da simulação... São flashs com elementos "velozes" e "lentos" de todas as frequências em um único instante do eterno agora criando a ilusão de continuum. Isso gera a ilusão de tempo nessa fantasia, nessa simulação. Como no cinema esta simulação são "quadros" perfeitamente encadeados para gerar essa ficção, a ilusão do que chamamos de matéria é apenas a interação consciente de todos os quadros desta simulação. Por isso a pergunta sobre como sendo o átomo mais "vazio" do que preenchido de quantum não atravessamos as coisas que vemos diariamente, tem a clara explicação na interação entre o quantum chamado "positivo" e "positivo", o campo elétro-magnético dos átomos de um dedo humano geram uma força de repulsão (como o ímã) com os átomos de uma parede por exemplo, gerando a ilusão de se estar tocando algo. Só isso. Somos flashs perfeitamente encadeados para conseguir entender o Caminho Universal do amor incondicional. Amor fati... Só isso...


Outro detalhe, caso tivéssemos segundos mais longos, talvez nossa percepção de passagem de tempo fosse diferente (embora isso não influa no tecido cósmico da simulação, é apenas percepção). Para esta simulação o tempo é um ingrediente fundamental para que o ping cósmico ocorra. As divisões do duplo original (Yin-Yang) geraram para esta simulação uma certa "necessidade" para que a informação do ping não seja instantânea e nada seja aprendido com isso, mas mesmo este texto e os pensamentos construídos em sua mente são um perpétuo agora, é a informação de cada duplo "correndo" para sua origem, como um certo "respirar" cósmico, inflando ao infinito e voltando à origem, eternamente. Talvez essa simulação seja a 1000, ou 893, ou a bilionésima, mas pouco importa quantas vezes essas "respirações" do nada ao infinitamente dividido que é essa caminhada da informação ocorreram, o importante é apreciar este momento que se pode ter da informação como ela está estruturada para você neste exato instante. Por isso todos os mestres falam que passado e futuro não existem, porque são projeções mentais apenas, e as imagens são apenas informações. No exemplo da lua, o que importa é olhar para ela agora, não recordar ou projetar seu futuro, porque essas são construções mentais do ego, não a "realidade" do além e dessa simulação. Esteja atento e perceptivo agora e nada irá faltar, porque novamente, a Lei está cuidando. A tradução mais conhecida do Salmo 23 diz: "e nada me faltará", porém nisso está uma projeção mental de escassez, que no futuro algo será atendido, em boa verdade a tradução mais acertada é: "e nada me falta". É sempre agora. Não tem escapatória. Por isso, se é sempre a transformação ocorrendo no agora nem sequer existe tempo e esta noção é uma comparação mental, não da "realidade" (mesmo da simulação). É sempre no agora a transformação fluindo de acordo com a Lei. Mesmo para a simulação não tem passado, e não temos como dizer onde estavam os elétrons antes de os observarmos. A lua só existe sendo observada. Sempre. E sempre no agora. A trajetória do vácuo quântico até a observação dos elétrons é um mistério, impossível dizer sobre seu passado, ou mesmo uma predição sobre seu futuro. Por isso se abstenha de querer controlar o futuro ou saber todas as rotas infinitas até este ponto, porque nesta simulação novamente temos "bloqueios" da estrutura biológica e dos artefatos de medição que temos à disposição até este momento. Na verdade não há nada a ser construído ou evoluído, mas apenas a ser lembrado e "retirado" do campo infinito de informação.


Especulações sobre passado e futuro são irrelevantes existencialmente, porque nesta simulação são apenas construções mentais e não a "realidade" da própria simulação. Criamos mentalmente uma estrutura a partir das transformações e achamos que o que passou, por termos registrado no nosso "hardware" pedaços dessas transformações que isto é passado, e o que há algo à frente que virá sendo futuro. Isto é apenas uma construção graças à estrutura deste "hardware" biológico, mas há seres fora desta nossa simulação que podem trafegar entre essas transformações, tanto que quanticamente foi observado que se alteramos agora (que é tudo que existe) uma observação o "passado" quântico de uma partícula também se altera. Tudo está no campo informacional ocorrendo agora. Até esta simulação. Por isso os que estão jogando o seu corpo neste exato momento, tem acesso a outras informações e "realidades". Este é um UniVerso de infinitos possíveis. E aí vamos aos fractais...


Fractais


Novamente, aqui se reflete perfeitamente a citação hermética: "O que está em cima é como o que está embaixo". Os fractais são estruturas geométricas que cumprem a seguinte definição mais formal: "Fractais são "objetos" geométricos com estruturas autossimilares em infinitas escalas, isto é, existem cópias exatas ou aproximadas do objeto inteiro em pedaços de tamanhos tão pequenos quanto se queira". Caso sinta vontade procure animações de fractais e caso nunca os tenha visto para entender o conceito. É possível ampliar a zona de observação e a imagem base parece sempre se manter, assim como distanciar e ela sempre também se manter. Assim, quanto mais expandimos nossa observação no cosmos, mais as estruturas se parecem e se repetem como as galáxias em sua forma espiralada, assim também se vasculhamos no infinitesimal do pequeno. Podemos pensar o corpo humano como o regente de 37 trilhões de reinos, cada qual parecido e próximo mas com suas particularidades, e todos compartilhando o destino uma das outras 37 trilhões de células, pois para esta estrutura biológica se manter há uma harmonia, ou uma sinfonia para que o corpo se mantenha durante o tempo necessário da simulação. Não passa pela organização de uma célula do pé querer brigar com uma do cérebro, ou entrar em guerra com sua vizinha porque a julga muito "espaçosa", afinal, a competição está fora de cogitação para o código dessas 37 trilhões de células. Cada qual tem igual importância para a manutenção da integridade biológica. Uma cidade se assemelha (mas paradoxalmente a célula sendo "menor" no fractal observado, é mais complexa que uma sociedade humana) em escala observável a uma célula, e enquanto a informação de "carne" está em um açougue, por exemplo, a célula tem essa informação armazenada para ser acessada no complexo de Golgi. Os humanos abatem o gado, transportam em veículos de aço a carne para os frigoríficos e açougues, enquanto a célula faz a mesma função em escala menor com membranas e transporte. Há mensageiros na célula, os chamado RNA mensageiros, e nas cidades há carteiros. As bibliotecas humanas são o códice de informação legível, assim também o DNA que é transcrito por "leitores" especializados nas células. Ou seja, de modo similar portanto, em escala ampliada no fractal maior em observação, deveria parecer a sociedade humana à célula, mas aí algumas mentes se perderam na simulação querendo afirmar sua potência egoica, e o infinito amor permite que se vivam histórias para aprendizado, que mostrem o que ocorre quando há essa aparente desconexão com a Lei. Leia bem, aparente. É só um jogo simulado para gerar entendimento dentro do infinito, e é quase impossível se desconectar dessa Lei. Quase... Mas falaremos sobre como é possível sair da Lei, mesmo ela existindo e irrevogável.


Mas, pensemos agora, se a analogia não for tão boa do jogo, que se pense em um filme 3D e hiper-realista, cujo diretor e roteiro foram dados para se perceber o que ocorre quando se quer esquecer o verdadeiro diretor e roteirista deste filme. Basta amar e compartilhar com todos os seres o entendimento perfeito. Ler este texto estava no roteiro, e todos os pensamentos que vieram junto com o texto, dúvidas, medos, questionamentos que possam ter surgido, estão no roteiro, no código do jogo, para dar uma certa impressão de liberdade, quando sempre houve um guia. Mesmo as dúvidas são essenciais para a jornada do jogo e do filme, senão perde a qualidade do entendimento profundo. A dúvida é essencial para sedimentar a confiança, elas não são excludentes, aliás para a Vida absolutamente nada é excludente, tudo pode ser conciliado, até os paradoxos como diz outra regra hermética. Nada é excludente, tudo pode ser abarcado por esse amor incondicional e irrestrito.


E o pedaço do imenso e infinito fractal é este, este simulacro, este jogo, para irmos aproximando ou nos afastando de outros fractais, mas como dito, o roteiro e direção já são o que são, gostemos ou não. E o diretor é tão amoroso que não se importa se gosta ou não, e que esse ato de gostar ou não é irrelevante para que as histórias e os entendimentos sejam traçados. As histórias alimentam o entendimento e a consciência de compreensão. E como o Caminho Universal é infinito, sem começo, sem fim, jamais poderemos dizer se estamos no meio do caminho, no início, no fim, porque tudo já existe mas precisa ser relembrado dentro do campo informacional, e todos irão passar por tudo nessa espiral, nesse fractal infinito. Não dá para falar em evolução, ou seja, dizer se estamos aproximando os fractais ou afastando, afinal, sair ou entrar, descer ou subir para o infinito é impossível de ser dito, pois toda e qualquer informação está espiralando sua própria jornada.


DETALHE: Cada pessoa é como um átomo, ou elétron, o espírito dela tem seu "registro", seu quantum de energia no Caminho Universal, e ela vai para simulações, ou melhor dizendo, partes de outros ou deste mesmo fractal da "realidade" quântica de acordo com o que seu espírito conseguiu acumular de informação deste jogo, desta simulação, e o reset do jogo é dado no mesmo ponto quântico onde foi parado na jogada anterior, para ver se o jogador novamente com ilusão de livre-arbítrio vai ou quer mudar as experiências vividas. Para exemplificar, digamos que um átomo tem sete camadas de valência, e um elétron está orbitando na terceira camada. Enquanto ele não receber a informação (leia-se energia ou quantum) correta para ir para a quarta, ele ficará indefinidamente orbitando a terceira. Mas como os fractais são infinitos, não há hierarquia de a camada três ser "pior" que quarta, ou "melhor" que a segunda. O papel do "personagem" elétron na camada quatro não é superior que o papel desempenhado pelo elétron da camada três ou dois por exemplo, porque se os dois elétrons não estiverem onde devem estar para orbitar as camadas, o átomo não pode existir com essa configuração necessária para toda simulação poder correr a contento e separar as coisas em hierarquias e dando status diferentes não é o Caminho Universal. A cobra ou um escorpião é tão necessário quanto a abelha e um humano, e achar diferente disso é a observação da mente comparativa separando algo maniqueísta e dualisticamente em "bom" e "ruim", algo que não existe na verdade, são só giros e todos precisam existir para colapsar a função de onda correta da simulação que se está experienciando. E como, na simulação que estamos conseguimos ir para fractais mais pacíficos? Sendo pacíficos. Simples assim. Quer paz, seja a paz. O céu e inferno estão aqui já, depende onde mora sua consciência, não seu corpo... Se vibrar paz, o duplo originário da paz também vai querer buscar você, e aí é esperar o tempo da frutificação nesta simulação. Não há como "pular etapas" sem a informação correta. O único salto possível é quando o elétron recebe o endereço e energia necessária para ir para outra camada, e dependendo da energia recebida ele pode pular da terceira para a quinta ou sexta. A única mágica é receber a informação e energia corretas para isso... Ou também voltar para as camadas um ou dois, basta perder e liberar energia para o campo informacional. E como se perde energia e "regride" nos fractais? Basta cultivar guerra e divisão. Ou seja, como se pula para fractais e simulações de guerra? Guerreando e fazendo o máximo de atrocidades possíveis, gerando divisão e não harmonia entre as informações. E isso não é visto pelo infinito como bom ou ruim, novamente, mas é preciso levar a informação para a sua origem, e caso se esteja sendo belicoso, é o espírito querendo ter a experiência de guerra, e o que se busca também está buscando você, como o elétron um dia vai encontrar o seu duplo quântico, o pósitron, para colapsar e descansar no vácuo quântico, ou em outros termos, Deus, Nirvana, Neti neti, Tao, Samadhi... O nome é irrelevante, o importante é saber que tudo volta à sua origem, e você se distanciou da verdadeira Fonte e está nessa simulação voltando para o colo dela... Vibre com intensidade o que deseja, e os fractais e realidades todas vão começar a ladrilhar e esquadrinhar essa realidade simulada que quer viver, para sua consciência ir naturalmente para lá. O problema é que os sinais que envia ao cosmos em forma de intensidade das emoções e coração são divididos, e não é possível criar uma realidade simulada para quem está dividido, por isso o jogo dá reset de onde parou a última vez, para ver se agora você entende o que realmente quer sem divisões internas... O jogo expande e contrai infinitamente. Tudo é permitido, tudo mesmo, sem exceção, mas é preciso aceitar as realidades simuladas que se está construindo com cada mínimo detalhe do que pensa, age e fala. Orai e vigiai é uma tática para pedir orientação dos que estão jogando com seu corpo, os que estão com o verdadeiro joystick e assistindo na expectativa cada pequeno andamento, mas não é o desligar do videogame... Só uma curiosidade, como não há tempo, eles estão jogando com seu corpo, e para eles essa simulação 100 anos digamos, não é mais do que para nós sentar e jogar uma ou duas horas de videogame. Eles estão em um fractal mais expandido (se assim podemos falar) já em corpo e consciência...


A única saída do fractal, do jogo, do filme é o que os orientais chamam de neti neti, essa é a única e verdadeira morte possível. A morte biológica não encerra o fractal, jogo e filme... Quer acabar com o jogo? Vamos morrer de verdade? O verdadeiro descanse em paz é muito diferente do que perder a casca biológica que está vivendo esse personagem terreno...


Morte


Depois de uma jornada grande, é possível que o viajante, o andarilho se canse de andar e de jogar, buscar, mas o suicídio não é uma opção por vários motivos, mas o principal é que o jogo não acaba com o fim dessa carne, aliás o jogo pode se agravar com esse ato, porque a Lei precisa ensinar mais intensamente as lições que não foram internalizadas. Tem uma saída caso o andarilho tenha achado esse jogo de amor e divino um jogo digamos "enfadonho"? A única rebeldia possível é o neti neti.


E o que é o neti neti? É a postura consciencial de nem isso, nem aquilo, ou seja, digamos da seguinte forma para a nossa simulação: "Nem terreno, nem divino" ou "Nem jogo, nem não-jogo", é o máximo de uma postura neutra em relação a tudo, é uma postura que ultrapassa o próprio Deus como amor, porque ela não joga o jogo do aprendizado nem do amor, e nem quer crescer ou não crescer, entender ou não entender. É estando em meio ao jogo do mundo simulado, e não jogar e nem deixar de jogar, não é uma postura de jogar, mas também não é de renúncia e abstenção do jogo, e sim só estar ali em meio ao jogo numa neutralidade profunda que ultrapassa qualquer palavra e entendimento. Esta é a verdadeira morte, porque a Lei colocou o caminho além da própria Lei, ela definiu o jogo, os limites e regras do jogo, e a consciência não está jogando ou deixando de jogar, não está fazendo parte da simulação nem deixando de lado e negando o jogo. É um equilíbrio sutil e profundo que o povo oriental, sufi, encontrou, como se fosse o fiel da balança, se ela pender para a esquerda, ou para direita, o importante é não se aferrar a algo fixo, deixar o fluxo ir e nem querer dele o jogo do entendimento, e nem querer fugir, afinal, a Lei ao prever tudo, não precisa preocupar o andarilho com nada, e ele passa a ser na verdade uma casca sem "recheio", ser apenas o "hardware" sem nenhum "software" internamente rodando, é a morte para além da morte do ego, nem a consciência está presente, mas tudo está acontecendo conforme a Lei estipulou. Esse estágio é algo tão profundo que não está "nem vivo, nem morto", e mesmo assim tudo ocorrendo sem impedimentos.


A chamada morte do "hardware" biológico não termina com a consciência, mas não tratarei dessa morte aqui porque as pessoas que estudam projeciologia e conscienciologia já deixam claro em seus estudos a permanência da consciência após a morte biológica, o que faz sentido entendendo os estudos de emaranhamento quântico no cérebro, ela só é migrada para outro lugar do campo infinito informacional.


O entendimento profundo e real da Lei não é o fim da jornada infinita. A lei do amor é a primeira lei da nossa simulação, mas há diversas outras leis nos aguardando o aprendizado. E caso essa jornada infinita já tenha cansado, somente o neti neti para pular fora do jogo, embora na verdade não seja um "pular", mas ficar na posição neutra que permite infinitamente tudo ser sem questionamento algum, e ali, nem jogando, e nem não jogando se liberar do jogo que está nos jogando...


O neti neti é também, ou na verdade, a mesma coisa que o fim do ego. E quando o ego desaparece o que sobra? Somente o vácuo quântico em suas infinitas possibilidades, ou o próprio Deus. Por isso Al-Mansur gritou ao entender: "Anal haq", ou seja, "Eu sou a Verdade (Deus)", e por isso Jesus disse: "Conhecereis a Verdade e a Verdade os libertará". Só tem o vácuo quântico, o resto, são colapsos da onda infinita. E quando se compreende profundamente, com toda a morte do ego, o que resta é o amor profundo por absolutamente Tudo, porque só o vácuo quântico É. Por isso um ser desperto é Tudo, ele não é mais a carne, nem os outros planos (espirituais) que governam este mundo simulado. A morte que o neti neti permite é o nascimento do Infinito, do Eterno, do fora dos conceitos, palavras e do tempo... Neti neti é o ápice divino completo. E se o ego diminuto e mesquinho morreu na sua própria ficção, o que resta é agir perfeita e com amorosidade com absolutamente tudo, afinal, qualquer colapso de função de onda de qualquer UniVerso possível é proveniente do vácuo quântico, o que implica que ser amoroso com uma formiga é ser amoroso consigo mesmo. Por isso a clássica história do zen que um monge está resgatando um escorpião de um riacho, e outro ao ver isso vê ele sendo picado e diz: "Você é louco? Ele está picando você e você tentando tirar do riacho? Não percebe a ingratidão", e o monge solícito tranquilamente diz: "A natureza do escorpião é picar, a minha é amar e ajudar incondicionalmente". Por isso todos os sábios falam da não-agressão, porque é agredir a si mesmo. Por isso o "ofereça a outra face" de Jesus, ou ainda a história de quando Buda recebeu um cuspe de um comerciante irado por ter "perdido" o filho para a comunidade de Buda, e este foi atencioso e gentil, revelando sabedoria e amorosidade, o que fez o homem cair de joelhos pedindo perdão por ter cuspido e o mestre disse: "O homem que cuspiu não existe mais, agora é um homem mais compassivo em seu choro pedindo perdão. Não tenho como desculpar, perdoar, porque o homem do cuspe não existe mais". Por isso, tudo ser uma unidade infinita (paradoxo), garante que um dia o espírito que habitava o Buda na história, um dia nas voltas infinitas do sem-fim, irá ser o homem que cospe para saber como é a experiência de ficar desesperado por seus negócios sem a ajuda do filho. Essa compaixão é infinita. Por isso, sem pressa, nada mais precisa ser feito para buscar algo além. Você é o próprio além no neti neti...


Dito tudo isso, sugiro aprender a lei do amor antes do neti neti, mas na verdade, essa liberdade não existe, e seu caminho vai ser devidamente relembrado... Fique atento às cenas e jogadas do filme e do jogo, porque são perfeitamente escritas para trazer as luzes do infinito aos deuses, afinal, "Vós sois deuses"...


Ótima jornada andarilho!

 
 
 

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