Mulher, como onda e febre,
tem o toque certo do sutil
Sua consistência de água
vence pelo lado do enigma
A febre, como outro fogo
apaga o Destino com o rosto
Porque a força esconde
laços de outras felicidades
Quem sabe queimar
como Mulher, sabe
Seu Fogo é lastro
de interromper horas
E uma Porta única
para o ventre do mundo
Portal último
do último Amor
Se de outra flor latina
falam Lago
É porque não souberam
mergulhar no Oceano dos Olhos
Desperdiçaram o Vento
da condução de uma dança
Mas acertou ao cantar
nos cantos da minha Alma
E cada pedaço Dela
vira uma Luz
Mas ainda sem o Espelho
correto para o lado do Eterno
Afinal, ver a Mulher,
é o mesmo que o Abismo
Não o que mata,
mas o de quem aceita começar a voar...
Eis aí um segredo
que a Mulher sabe
Em cada poro
de Vida
E se o poema fosse
uma certa homenagem
Mais homenagem é a Mulher
Porta da Vida e de Deus...
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