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Resolução de Flor

Já estive interessado

nos mundos

Hoje o eclipse abriu

estrelas maiores


O Céu do eclipse

não pede seu tamanho

Mesmo assim é um livro

das luzes que se apagam ao Vento


Digo o impossível

com o tamanho de uma Flor

Digo o que se veste

com o tamanho de uma Vida


Não querer mais imensamente

conquistar ou vender

Apenas estar longe

em nenhum destes mundos


Não busco mais imensamente

a quem falar

Tenho horas amadas

e algumas vacuidades


Sussurro mais com o Vento

que com os enigmas

Afinal é tudo passado

para quem resolveu sumir


Escondo meus passos

no mesmo semblante do Céu

Para inventar essas poesias

que nada podem dizer


O que se pode dizer

quando as palavras do mundo caíram?

Tudo meio atravessado

e sem engano


As palavras algumas da Vida

nunca são em negrito

Pois perpassam sutilezas

de todos aqueles que não respondem


E mesmo assim resolvi nascer

de uma morte invertida

Pois é dela que se vê

o fim dos símbolos


Descobrir que querer resolver

qualquer enigma é inútil

E por isso mesmo

muito genuíno


Afinal quem nasce resoluto

para a Vida sem nome

Resolve no agora

tudo que é fim…

 
 
 

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