Resolução de Flor
- poetadohorizonte

- 25 de set.
- 1 min de leitura
Já estive interessado
nos mundos
Hoje o eclipse abriu
estrelas maiores
O Céu do eclipse
não pede seu tamanho
Mesmo assim é um livro
das luzes que se apagam ao Vento
Digo o impossível
com o tamanho de uma Flor
Digo o que se veste
com o tamanho de uma Vida
Não querer mais imensamente
conquistar ou vender
Apenas estar longe
em nenhum destes mundos
Não busco mais imensamente
a quem falar
Tenho horas amadas
e algumas vacuidades
Sussurro mais com o Vento
que com os enigmas
Afinal é tudo passado
para quem resolveu sumir
Escondo meus passos
no mesmo semblante do Céu
Para inventar essas poesias
que nada podem dizer
O que se pode dizer
quando as palavras do mundo caíram?
Tudo meio atravessado
e sem engano
As palavras algumas da Vida
nunca são em negrito
Pois perpassam sutilezas
de todos aqueles que não respondem
E mesmo assim resolvi nascer
de uma morte invertida
Pois é dela que se vê
o fim dos símbolos
Descobrir que querer resolver
qualquer enigma é inútil
E por isso mesmo
muito genuíno
Afinal quem nasce resoluto
para a Vida sem nome
Resolve no agora
tudo que é fim…
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