Tenho sorrisos de noite
que inventam outras horas
Os sorrisos não da hora da escuridão
mas o sorriso que permite a Luz
Tenho em mim invenções
maiores que o impossível
E são justamente elas que podem
construir o encanto frágil
Não tenho mais porque
seguir o fingimento cansado
Ou implorar por esconder
o peso do vento
Tenho mãos e um punhado
de vida...
Posso sorrir não de noite
mas a noite inteira...
Posso sorrir porque sei
que sou a mesma noite
Que lembrou de tocar
músicas e sentimentos distantes
E haviam ainda eras e eras
completamente inteiras
Para guardar algo
que chamei de coração
Qual o tamanho e altura
do sangue que vive o calor?
Não o calor das intempéries
mas o calor dos olhos reais...
Quem daria o Horizonte
do meu coração?
Se a medida que sussurra
é o próprio infinito?
Não tem mundo
que não seja minha casa
E é por isso que essa noite
foi inteira o meu sorriso...
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